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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Curso de Toxicologia no Verão .....

I Escola de Verão em Toxicologia de 30 de janeiro 2012 a 03 de fevereiro de 2012.

Façam sua inscrição no site: http://www.evtox.com.br/2012 no periodo de 28/11/11 a 14/12/11.
A I ESCOLA DE VERÃO EM TOXICOLOGIA,possibilitará importante evolução científica, humana e social tanto aos docentes e pós-graduandos engajados na realização da escola, como aos graduandos que a fizerem, através da interação promovida entre docentes e graduandos de diversas instituições de ensino do país em discussões sobre a inserção da Toxicologia na realidade brasileira. Além disso, a I Escola de Verão em Toxicologia permitirá a instrumentalização do estudante do curso de farmácia e áreas afins com ferramentas básicas para realização de futuras pesquisas na área de Toxicologia através de um ciclo de palestras e cursos teórico-práticos que promoverão a difusão de conhecimentos, aprimoramento científico e acadêmico voltados para a construção de projetos científicos, adequação de metodologias específicas para análises toxicológicas e a consolidação dos conhecimentos produzidos.

domingo, 11 de setembro de 2011

Projeto simula clima de 2100 para estudar impacto nos seres da Amazônia

ADAPTA quer ver como peixes, insetos e plantas se adaptarão ao clima do final do século
por Fernando Martines
Muito se fala sobre o aquecimento global, mas como ele irá realmente afetar a vida de todos os organismos da Terra? Estudar todos os seres vivos de uma vez é impossível. Mas saber o que irá ocorrer com algumas espécies aquáticas da Amazônia já é um grande passo. É isso que propõe o projeto ADAPTA, que está sendo realizado pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas) em Manaus.

O ADAPTA é um projeto abrangente, uma de suas frentes de pesquisas mais interessantes são os microcosmos. Trata-se de um ambiente no qual os pesquisadores irão controlar temperatura, nível de gás carbônico e umidade. O objetivo é simular o clima da Amazônia no ano de 2100, segundo previsões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Nos microcosmos serão colocados peixes, plantas, insetos e microorganismos que vivem nas águas da Amazônia.

A previsão é que em 15 dias o experimento comece para valer. O processo de análise da reação desses organismos ao novo clima vai durar um ano. Para saber mais sobre o projeto, conversamos com o Dr. Adalberto Vaz, um dos responsáveis pela experiência única realizada em Manaus.

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fatos que você não sabe sobre SAPOS...e que está na hora de aprender

Por....Cristina Amorim....na Revista Galileu


ANCESTRALIDADE
Há evidências da presença de sapos na Terra há mais de 200 milhões de anos, o que os transforma em contemporâneos dos dinossauros.

SOB PERIGO
A Mata Atlântica concentra cerca de 370 espécies de anfíbios, o que representa quase 65% dos tipos brasileiros. Destes, 90 são apenas vistos nesse bioma.

SUPEROLHOS
Sua visão noturna é excelente e são muito sensíveis ao movimento. Os olhos esbugalhados permitem que vejam objetos na frente, nos lados e parcialmente atrás da cabeça, além de descerem até o limite com o céu da boca para empurrar a comida goela abaixo.

SIRENE NATURAL
Quando um hábitat é afetado pela poluição ou por mudanças no clima, os sapos costumam ser as primeiras vítimas e servem como um alerta sobre determinado ecossistema.

TOXINAS DO BEM
A pele do sapo possui toxinas que o defendem de predadores e que previnem o crescimento de fungos e bactérias. Algumas delas possuem propriedades médicas, como a epibatidina, encontrada no Epibpedobates tricolor, sapo que vive no Equador e no Peru. Essa substância é um analgésico 200 vezes mais forte do que a morfina.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Entenda por que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo...

Professor diz que a lentidão do Estado em proibir o uso agrotóxicos prejudiciais à saúde causa mortes

por Mariana Lucena


O Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxico, embora não seja o campeão mundial de produção agrícola. O País ainda é o principal destino de agrotóxicos barrados no exterior. Para entender por que isso acontece, entrevistamos o pesquisador do assunto, Wanderley Pignati, doutor em Saúde Pública e professor da Universidade Federal de Mato Grosso. Por que o Brasil lidera o ranking de uso de agrotóxicos? Temos mais pragas que os demais países? É uma somatória de razões. A mais óbvia é que somos um dos maiores produtores agrícolas do mundo, de soja principalmente. Uma outra é que nossas sementes melhoradas já são pensadas para usar agrotóxicos. São selecionadas até um certo ponto em que, realmente, dependem destes produtos. E, para dar a produtividade que se espera, demandam grandes quantidades. Em terceiro lugar, não temos mais pragas, mas, por usarmos agrotóxicos há tantos anos, nossas pragas ficaram mais resistentes. É um espiral que vai aumentando. Como outros países evitam o uso de agrotóxicos? Eles limitam o uso de agrotóxicos mais tóxicos. Aqui usamos agrotóxicos que foram proibidos em 1985 na União Européia (UE), Estados Unidos e Canadá. No Brasil, estamos tentando revisar o uso de 14 tipos há dois anos e não conseguimos, porque dependemos do parecer do Ministério da Agricultura, do Ministério do Meio Ambiente e o parecer do próprio sindicato dos produtores.
Na UE existe uma fiscalização mais rigorosa. Aqui aplicamos dezenas de agrotóxicos por avião, coisa que é proibida lá. Jogamos agrotóxicos por avião perto de casas, animais, gado, nascentes de rios e córregos. Outro fator importante é a conscientização da população europeia, que cobra este tipo de cuidado do governo e dos produtores. Agrotóxico faz mal mesmo se for usado corretamente? Não existe uso seguro. Isso é uma fala dos produtores de agrotóxico. Por exemplo, se o trabalhador que aplica estiver como um astronauta – isolado com todos os equipamentos de proteção (EPI), inclusive para respirar – ele é menos prejudicado, mas não existe uma proteção 100% dos trabalhadores. E qual a proteção ao ambiente? Isso vai sempre deixar resíduos em alimentos, contaminar rios, ar, lençóis freáticos. Que segurança é essa?
E se formos mais a fundo nessa discussão, veremos que é uma contaminação intencional. Em termos jurídicos, fala-se em crime culposo quando a pessoa não teve a intenção de cometê-lo e doloso quando teve. Aqui não é um crime culposo. Não é culpa do vento que mudou o agrotóxico de direção, mas do agricultor que cometeu um ato inseguro e intencional. Existe a intenção de poluir para atingir o alvo dele – no caso, os insetos, as pragas. Ele aceita conscientemente essa consequência. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as intoxicações por agrotóxicos são três milhões anuais. Destes, 2,1 milhões de casos acontecem nos países em desenvolvimento. Mais de 20 mil pessoas morrem no mundo, 14 mil estão nas nações do terceiro mundo. Existe alguma razão para que essas mortes concentrem-se nestes países? Utiliza-se mais agrotóxico, em primeiro lugar, porque se produz mais alimentos em países em desenvolvimento. Muitas dessas lavouras usam agrotóxicos proibidos na União Europeia, EUA e Canadá. Ora, se são mais tóxicos e proibidos lá, naturalmente acontecerão mais mortes aqui na América Latina e na África. E quer saber mais? Muitos desses agrotóxicos são produzidos no primeiro mundo e vendidos para o terceiro. Como um agrotóxico provoca a morte de uma pessoa? Que outros males eles podem causar à saúde? Depende do agrotóxico. Aqui no Mato Grosso, por exemplo, já vimos caso de trabalhador que estava no trator com o ar condicionado ligado, jogando agrotóxico. Como o filtro de ar estava vencido, e ele não usava máscara dentro do trator, morreu de intoxicação aguda. Alguns agrotóxicos também causam câncer, problemas neurológicos, má formação fetal e desregulação endócrina. São extremamente prejudiciais à saúde humana. Estão na água, no ar, na chuva.
Os defensivos agrícolas demoram de três a quatro anos para degradar e o produto é tão prejudicial quanto a substância inicial. Um grande problema são doenças crônicas que acontecem durante anos de uso continuado de níveis baixos de agrotóxicos. Existe hoje a determinação de um limite máximo de resíduo por alimento. Esse limite não deveria existir, é absurdo. Cada pessoa tem uma sensibilidade diferente ao produtos. Sabe como esse limite é determinado? A partir da média da sensibilidade das pessoas, são medidas arbitrárias. No Brasil, por exemplo, um quilo de soja pode ter 10 miligramas de glicosato [princípio ativo de um agrotóxico famoso]. Nos EUA o limite é de 5 mg, na Argentina 5 mg, mas na Europa é 0,2 mg.
Qual a punição dada ao agricultor que permite que seus funcionários ou clientes sejam intoxicados no Brasil? Primeiro ele vai responder ao Ministério do Trabalho, porque será notificado como um acidente de trabalho. Depois, podem entrar com uma ação de crime doloso [intencional] contra ele. Porque se contratou, tem que dar toda a proteção ao trabalhador. A punição depende muito da força do Sindicato. Na sua opinião, os alimentos transgênicos são uma solução para o uso de agrotóxicos? Pelo contrário. Alguns transgênicos são feitos para ser mais resistentes aos agrotóxicos, por isso se usa ainda mais, como a soja resistente ao glicosato. Quais são as lavouras que mais usam agrotóxicos no Brasil? Por hectare é o algodão. Logicamente não comemos algodão, mas sua semente é usada para fazer ração de gatos e outros animais. Outras lavouras que usam muito agrotóxico são as de tomate, morango, hortaliças em geral, soja e milho. Como se proteger? Basta lavar bem as verduras e legumes? Não. O consumidor deve também consultar os dados do PARA [Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos] da Anvisa. Nos dados de 2009, ele descobrirá os alimentos que têm problemas e poderá evitá-los. Mas é preciso ainda pressionar a Secretaria de Saúde e do Meio Ambiente para que façam uma vigilância mais dura.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Butantan desvenda hemorragia da picada de jararaca...

Estudo inédito do Instituto Butantan, em São Paulo, demonstrou pela primeira vez a forma com que a toxina hemorrágica presente no veneno da jararaca se liga aos vasos sanguíneos.
A descoberta pode auxiliar a desenvolver novos medicamentos que evitariam amputações de membros. O estudo é de ampla utilidade, já que as picadas de jararaca representam 90% do total de acidentes com serpentes no Brasil, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Segundo a pesquisa, a substância se fixa às proximidades dos vasos, comprometendo sua integridade e induzindo o sangramento local, que se constitui um dos principais sintomas do envenenamento por jararacas. “Quando ocorrem acidentes com jararacas, há dois tipos de sintomas: os locais, que ocorrem no local da mordida, e os generalizados, que acometem o organismo como um todo”, explica a pesquisadora Ana Maria Moura, uma das responsáveis pelo estudo.
Antiofídico - “O soro antiofídico produzido em cavalos é capaz de neutralizar os efeitos sistêmicos, impedindo a morte do paciente, mas não consegue reverter os efeitos locais tais como a hemorragia, que podem resultar em sequelas graves como a amputação do membro afetado”, completa ela. A descoberta pode auxiliar no tratamento oferecido em casos de acidentes envolvendo esse tipo de serpente. Isso porque, a partir do conhecimento de como a toxina age, será possível utilizar inibidores capazes de impedir sua atuação. Para isso, entretanto, são necessários estudos complementares. A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e foi publicada na revista clínica americana de doenças negligenciadas “PLoS Neglected Tropical Diseases”. Também participaram do estudo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA).
“É importante lembrar que o soro antiofídico existente continuará a ser utilizado. A idéia é aplicar inibidores que ‘ataquem’ diretamente toxinas responsáveis pelos danos locais, barrando os efeitos hemorrágicos causados por esse tipo de acidente”, diz Cristiani Baldo, que também participou da pesquisa.

(Fonte: Folha.com)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pesquisador acha planta que neutraliza veneno da surucucu...

Uma árvore de quatro a seis metros de altura pode ser a nova arma contra o veneno da surucucu, a maior serpente venenosa da América do Sul. Uma pesquisa realizada na UFF (Universidade Federal Fluminense) constatou que um extrato feito a partir da Stryphnodendron barbatiman, popularmente chamada de barbatimão, barba-de-timão, casca da virgindade ou ubatima, é capaz de neutralizar os principais efeitos provocados pela picada da cobra.
A descoberta poderá levar ao desenvolvimento de um novo tratamento contra o veneno da surucucu, que provoca dor intensa, hipotensão, diminuição do ritmo cardíaco, diarreia e hemorragia. A cobra está presente em todo o território nacional e, entre 2001 e 2004, respondeu por 2,3% dos ataques registrados no Brasil. Seu índice de letalidade, porém, é quase três vezes maior do que o das serpentes do gênero Bothrops, que respondem por 90% dos ataques no país –cerca de 1% das vítimas da surucucu morrem após serem picadas.
Soro antiofídico – Atualmente, o procedimento preconizado pelo Ministério da Saúde em casos de picada de cobras venenosas é a administração de soro antiofídico, produzido a partir de anticorpos produzidos por cavalos inoculados com o veneno. O soro, porém, tem as desvantagens de ser caro, necessitar de estocagem em baixas temperaturas e provocar reações alérgicas graves em parte dos pacientes. Além disso, é ineficaz contra os efeitos locais das picadas, que muitas vezes deixam sequelas. Em busca de alternativas de tratamento, o pesquisador Rafael Cisne de Paula pesquisou 12 espécies diferentes de plantas como parte do seu trabalho de mestrado em Neuroimunologia na UFF.
Dessas, apenas uma se mostrou totalmente ineficaz. O extrato produzido a partir da barbatimão, porém, foi o único que conseguiu inibir em mais de 80% os principais efeitos do veneno analisados, impedindo inclusive o desenvolvimento de hemorragias.
Não foi testada, porém, a eficácia da planta sobre a formação de edemas e outras consequências da picada. Os testes foram realizados em camundongos e, por enquanto, ainda não se sabe qual o mecanismo de ação da planta. Estudos posteriores poderão identificar e isolar os componentes responsáveis pelos efeitos neutralizantes.

(Fonte: Denise Menchen/ Folha.com)